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sábado, 16 de maio de 2015
quinta-feira, 23 de abril de 2015
O MOSSOROENSE NA ERA DE POLICOMIA
A EDIÇÃO Nº 11.382, DE 22 DE SETEMBRO DE 2002(DOM), PELA PRIMEIRA VEZ, O MOSSOROENSE FOI AS RUAS DE MOSSORÓ COLORIDO, COMO MOSTRA A MANCHETE NA FOTO ABAIXO - "NAS CORES DA FÉ"
DORIAN JORGE FREIRE - 1975 - 1983
O momento chegou na noite de quarta-feira(22 de abril de 2005) e a
emoção tomou conta do adeus de Dorian Jorge Freire, ontem, quando mais de 300
pessoas compareceram ao velório do jornalista que se estendeu durante todo o
dia em sua residência.
Entre as pessoas que
estavam presentes se encontravam políticos, jornalistas, artistas, além de
curiosos que desejavam dar o último adeus a aquele que é considerado um dos
maiores nomes do jornalismo do Rio Grande do Norte em todos os tempos. Entre as
personalidades estava a prefeita Fafá Rosado, a deputada federal Sandra Rosado,
a deputada estadual Larissa Rosado, o pesquisador Raimundo Brito, ex-ministro
do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Fausto, entre outros nomes.
Dorian morreu de
falência múltipla dos órgãos às 21h50 da última quarta-feira, aos 71 anos,
deixando como viúva dona Maria Cândida Freire com quem casou em 25 de maio de
1954, além de cinco filhos: Maria da Saudade, Raíssa, Jorge Freire, Dorian
Filho e Luís Fausto.
Ele se tornou jornalista
em 1948 quando começou a trabalhar em O Mossoroense e desde então não
parou de expandir a sua carreira, chegando a trabalhar em periódicos no eixo
Rio/São Paulo, onde sofreu perseguições da Ditadura Militar nos anos 60/70.
Em 1975, retornou à
terra-natal assumindo a direção de O Mossoroense, onde ficou até 1982 quando
ingressou na imprensa natalense, trabalhando na Tribuna do Norte até se
aposentar em meados da década de 80. A partir daí contribuiu como articulista
do jornal Gazeta do Oeste até a internação que culminou com sua morte.
Entre suas principais
obras estão 'Os Dias de Domingo' e 'Veredas do Meu Caminho'.
VIDA E
FEITOS DO MESTRE DORIAN JORGE FREIRE
Com um estilo ousado,
polêmico e inconfundível de fazer notícia, Dorian Jorge Freire sempre representou
um marco no jornalismo e na literatura potiguar. O jornalista era muito
criterioso em seus escritos.
O escrevinhador foi o
sétimo diretor do jornal O Mossoroense, desde a sua fundação em 1872. Ele
assumiu o cargo no período de 1975 a 1983. O jornalista teve uma passagem
bastante significativa na imprensa potiguar. Foi colaborador dos seguintes
impressos: Última Hora, Correio Paulistano, Diário Carioca, Tribuna do Norte,
Diário de Natal, Editora Abril - revistas Escola e Saber.
Nos últimos 20 anos,
Dorian Jorge Freire escrevia uma coluna dominical homônima no caderno cultural
Expressão, do jornal Gazeta do Oeste. O seu primeiro contato com o meio
jornalístico aconteceu oficialmente aos 16 anos, onde teve como 'escola' o
jornal O Mossoroense. A partir daí, ele criou gosto e fez parte da imprensa
paulista e carioca. Em São Paulo, enfrentou a ditadura militar e lançou o
jornal alternativo de circulação nacional, Brasil Urgente. Em 1993, o
jornalista Dorian Jorge Freire alcançou o primeiro lugar no ‘Prêmio Esam de
Jornalismo’.
Durante sua vida
jornalística, o talentoso Dorian entrevistou várias personalidades do mundo
literário, da política e da cultura brasileira e internacional. Dentre eles,
estão: Aldous Huxley, autor do clássico "Admirável Mundo Novo";
Jean-Paul Sartre, Prêmio Nobel de Literatura, autor do best-seller da filosofia
"O Ser e o Nada" e dos livros "O Muro", "Com a Morte
na Alma", "Sursis" e "As Palavras". O jornalista
também teve contato com o líder cubano Fidel Castro, Elizabeth II, Craveiro
Lopes, Raymond Cartier e Greene.
ORIGEM
Dorian nasceu no dia 14
de outubro de 1933, em Mossoró. Ele era filho de Jorge Freire de Andrade e
Maria Dolores. A paixão pela leitura e escrita estava no sangue. O avô, João
Freire, era jornalista no Ceará e fundou o jornal "O Jaguaribe".
Jorge Freire de Andrade, seu pai, fundou em Mossoró revistas literárias e
participou efetivamente dos movimentos intelectuais da cidade, na época.
Dorian lançou em 1991 os
livros Veredas do Meu Caminho e Dias de Domingo. A sua terceira edição foi
publicada pela Coleção Mossoroense, através do projeto Rota Batida, da Petróleo
Brasileiro S/A (Petrobras).
A sua última aparição em
público aconteceu durante a entrega do Prêmio de Jornalismo da Petrobras onde,
mais uma vez, teve o seu nome lembrado em uma homenagem aos seus 57 anos de
jornalismo, no Teatro Municipal Dix-huit Rosado.
PRAÇA
DA REDENÇÃO TERÁ AGORA NOME DO JORNALISTA
A prefeita Fafá Rosado
assinou, no dia 22 de abril de 2005, decreto denominando a antiga Praça da
Redenção, situada entre as ruas Almeida Castro e 30 de Setembro, de Praça
Jornalista Dorian Jorge Freire.
Sobre Dorian Jorge
Freire, a prefeita Fafá Rosado destacou: "O lado inquieto e observador do
respeitável escritor e jornalista através do olhar permanente à sua
terra-natal, tornaram-se imortais em seus textos. O sentimento de paixão pela
vida e pela maneira de amar Mossoró foi o sustentáculo de sua existência",
disse.
A praça se localiza
justamente em frente à casa onde morava o jornalista até seus últimos dias.
"Dorian era um historiador, um poeta que tinha uma vida marcante. Tinha a
simbologia de morar em frente a uma praça que tem um monumento à liberdade, sem
dúvida é um nome que ficará em nossa história", concluiu.
Hoje será publicado o
decreto que denomina a antiga Praça da Redenção em Praça Jornalista Dorian
Jorge Freire.
DORIAN
FOI REFERÊNCIA À IMPRENSA POTIGUAR
De forma bastante
atuante, Dorian também foi membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, do
Instituto Cultural do Oeste Potiguar (Icop) e da Academia Mossoroense de
Letras, além de ter recebido várias homenagens de diversas instituições.
O seu nome é lembrado
através de uma rua do bairro Nova Betânia, do auditório da Estação das Artes
Eliseu Ventania e do Centro Acadêmico (CA) do curso de Comunicação Social da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
O coordenador da
Assessoria de Imprensa do Centro Acadêmico de Comunicação Social, Franklin
Fernandes, informa sobre o luto do CA em razão do falecimento do seu patrono.
"A vida de Dorian
Jorge Freire é espelho para todos os estudantes, pela sua ética profissional,
pelas suas palavras sempre bem-vindas e pela dedicação e amor com os quais
exercia essa profissão tão magnificente", relata Franklin.
O presidente do Centro
Acadêmico Jornalista Dorian Jorge Freire, da Uern, Alessandro Oliveira, lembra
que está decretado luto oficial de cinco dias a começar por ontem.
A jornalista Lúcia Rocha
escreveu o seguinte texto sobre a vida do mestre: "Dorian nasceu em berço
literário, sendo um leitor voraz desde a infância. Ainda rapaz, começou a
escrever para jornais, assinando artigos sob o pseudônimo de Fenelon Gray. Logo
levantou vôo para a capital paulista, onde atuou como repórter, editor, diretor
e publicitário. Ali também cursou a faculdade de Direito. Na região sudeste,
Dorian tem colecionado amizade com jornalistas, poetas e escritores de renome.
Dono da biblioteca mais invejada da cidade, com mais de dez mil títulos,
começou a montá-la na infância, seguindo exemplo dos pais. Dorian morre de
saudades da capital paulista, onde passou a ditadura: não foi preso, não foi
torturado, mas fecharam-lhe as portas para o mercado de trabalho; também atuou
na imprensa natalense, mas sempre retornava para São Paulo, terra que nunca
esquecera. Com três livros publicados, Dorian escrevia semanalmente uma coluna
na Gazeta do Oeste, onde recordava os amigos e comentava os fatos do dia-a-dia
da cidade, do país e do mundo".
JORNALISTAS
FALAM DE MOMENTOS IMPORTANTES DE DORIAN JORGE FREIRE
Durante o velório de
Dorian Jorge Freire, os jornalistas da cidade falaram sobre a importância que o
jornalista teve na formação de suas carreiras e de momentos marcantes em que
ele esteve envolvido.
Bem antes de ser
homenageado pelos estudantes do curso de Comunicação Social da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN) emprestando o seu nome para o Centro
Acadêmico do curso, a primeira turma de jornalismo da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN) realizou uma homenagem para o jornalista em meio a
Ditadura Militar, que tanto o perseguiu, como relata o jornalista Aluísio
Lacerda, que estava representando a governadora Wilma de Faria no velório.
"Tivemos a ousadia de homenagear Dorian em pleno regime militar, o que
causou incômodo à Reitoria da Universidade que tentou evitar que realizássemos
nosso intento", rememora.
O secretário de
Comunicação da prefeitura de Mossoró, Carlos Skarlack, conta que Dorian
participou de um dos momentos mais importantes de sua carreira. "Quando eu
estava na editoria da Gazeta do Oeste recebi um fax de Dorian, que se
recuperava de um problema de saúde, se colocando à disposição do jornal para
retomar a sua coluna. Naquele momento me senti privilegiado por receber de
volta um jornalista como ele", lembra.
Para o jornalista Carlos
Santos, Dorian o influenciou desde a sua infância. "Quando falo em Dorian
vem à minha memória um aspecto que não se limita apenas à parte profissional,
mas à minha infância como leitor da coluna 'Cota Zero' em O Mossoroense.
Portanto tenho toda uma vida vinculada a seu talento", conclui.
O chargista Túlio Ratto,
dono da revista Papangu, último meio de comunicação a entrevistar o jornalista,
falou sobre a importância de Dorian para a sua revista. "Foi um orgulho
para a revista entrevistar uma referência para a área como ele", comenta
FONTE – O MOSSOROENSE, DE 23 DE ABRIL DE 2005
LAURO ESCÓSSIA
Lauro Escossia, natural de Mossoró-RN, 14 de março de 1905 e faleceu no
dia 19 de julho de 1988. Professor,
jornalista e escitor. Considerado decano da imprensa mossoroense. Seu amor ao
jornalismo e ao Mossoroense, o levava algumas vezes a fazer o próprio jornal,
sendo repórtes, redator, gráfico, além de Direto. Antes já havia trabalhado no
jornal como repórter no mesmo periódico tendo como ponto alto em 1927 quando
foi o responsável pela cobertura da invasão do bando de Lampião a capital do
Oeste, ocasião em que ele conseguiu entrevistar o cangaceiro Jararaca antes
mesmo que o mesmo fosse interrogado pela polícia. Este é considerado um dos
maiores furos de reportagem da história da imprensa potiguar, graças a isso o
jornal, com 5.400 exemplares vendidos, atingiu a maior vendagem de sua
história.
Lauro
da Escóssia casou-se duas vezes a primeira delas com Dolora Azevedo do Couto
Escóssia com quem teve 8 filhos, após a morte dela casou com Lourdes Alves da
Escóssia adotandos seus filhos, com ela se manteve casado até a sua morte em 19
de julho de 1988. "Lauro foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida,
foi meu amigo, companheiro e marido. Tanto é que após a sua morte nunca mais
casei. Em nossa vida nunca houve cansaço nem de minha parte nem da dele. Em
minha mente está sempre a impressão de que ele está viajando, quando isso
acontece sinto muita paz", conta sua esposa Lourdes Escóssia.
Segundo
seus familiares Lauro da Escóssia era dono de um temperamento muito explosivo.
"Lauro trazia no sangue o arrebatamento e a impetuosidade de seu avô,
Jeremias. Panfletário e sem medo herdou tantos traços de identificação,
revelados nas suas ações e reações, por vezes bruscas, senão violentas, que
sempre reclamam conduta irredutível, coragem e espírito de deliberação",
assim foi descrito pelo ex-prefeito de Mossoró Raimundo Nonato em depoimento para
o livro 'Escóssia' de autoria do jornalista Cid Augusto.
Apesar
do temperamento forte Lauro da Escóssia era um homem que não guardava rancores.
"Papai estourava, mas dali a dois minutos já estava bonzinho",
revelou sua filha Margarida Escóssia.
A sua
relação com os filhos era muita aberta e pautada pelo carinho. "Papai era
um homem à frente de seu tempo absorvia muito bem as mudanças e era muito
atencioso com todos nós, a única ressalva que ele tinha com a gente era quando
a gente ia para a churrascaria O Sujeito (onde hoje se localiza o clube
Carcará), como ele nunca podia ir e mamãe sempre ia conosco ele dizia brincando
que a gente seria levado pelo rio e parar em Porto Franco (atual
Grossos)", conta Margarida.
Essa
boa relação com os filhos se repetiu com os seus netos também, a recíproca por
parte dos netos era verdadeira tanto que todos eles lhe chamavam de Vôzinho.
"Me recordo como se fosse hoje das conversas do meu avô, ele era um homem
muito centrado em si, pensava um pouco pra falar, mas suas palavras eram sempre
sábias, tinha o poder de nos dar segurança quando era abordado sobre qualquer
assunto. Lauro da Escóssia não foi só um grande jornalista, ele foi também um
grande avô e sempre encontrava hora para nós, por isso todos nós netos chamavam
ele de Vôzinho", afirma Daniele da Escóssia.
Apesar
de fazer história em Mossoró Lauro da Escóssia era um homem de hábitos simples.
"A falta de vaidade de Papai era tão grande que ele fazia questão de ter
apenas um par de sapatos. O prato preferido dele era bolo de leite, diabético,
ele pagava para a empregada comprar o bolo escondido da gente", conta
Margarida da Escóssia.
Lauro
não fazia distinção entre seus amigos tanto podia ser amigo dos mais ilustres
como dos mais simples. A prova disso é que duas de suas grandes amizades foram
o ex-governador Dix-sept Rosado (falecido em 1951) e o pedreiro Francisco
Constantino o 'Chico Boseira'. "A amizade de papai com Dix-sept era desde
os tempos de prefeitura, quando ele foi secretário, a fidelidade era tamanha que
um dia o ex-governador pouco antes de falecer pediu para papai guardar um
bilhete em segredo o que ele fez até o final da vida. Já com Chico era uma
amizade muito divertida, eles conversavam e se davam muito bem, ele brincava
muito com Chico chamando ele de poliglota porque ele fazia de um tudo era
pedreiro, encanador e eletricista", revela Margarida.
'Chico
Boseira', ainda está vivo e relembra a sua relação com o amigo. "Quando
lembro do meu amigo, vem duas coisas a minha memória: a primeira era que ele
dizia que eu era seu filho mais velho e a segunda eram as nossas conversas
sempre descontraídas ele sempre pedia para eu contar anedotas e fazer cantigas
populares. Até o meu apelido quem colocou foi Lauro, antes me chamavam de
'Chico Roseira' porque todos jardins que plantava davam certo, uma vez ele
pediu para eu fazer um para um na sua casa e as plantas morreram e ficou tudo
sujo aí ele mudou o meu apelido", diz.
O seu
grande prazer nas horas de descanso era ir ao Sítio Senegal, localizado em
Alagoinha, que levava esse nome por ser muito seco. Lá ele ia tomar conta das
cabras e galinhas que criava.
Nos
últimos dias de sua vida, Lauro da Escóssia esteve muito doente, mas não perdia
o bom humor. "Ele sempre estava de bom humor independente das doenças das
doenças que lhe atingiam", conta a viúva Lourdes
Escóssia.
FONTE – O MOSSOROENSE E RUAS E PATRONOS DE MOSSORÓ, DE RAIMUNDO SOARES
DE BRITO
AUGUSTO ESCOSSIA
Natural
de Mossoró-RN, nascido em 14 de janeiro de 1900 e faleceu em 6 de julho de
1951. Jornalista. Foi diretor de o Mossoroense no período de 1930 a 1932.
Prefeito de Mossoró de 19 de fevereiro de 1946 a 3 de outubro de 1946. Ocupou
vários eletivos e de nomeação, dentre estes o de suplente de Juiz Federal.
Foi ainda membro da Intendência Municipal,
sendo eleito vice presidente no período de 1937 a 1941. Nomeado tesoureiro da
prefeitura municipal, ocupou esse cargo até a data de seu falecimento. Patrono
de rua na cidade de Mossoró, a conhecida rua do Shopping de Mossoró
FONTE –
RUAS E PATRONOS DE MOSSORÓ, DE RAIMUDNO SOARES DE BRITO
FOTO - O MOSSOROENSE
JOÃO DA ESCÓSSIA NOGUEIRA
jornalista João da Escóssia Nogueira, natural de Mossoró,
nascido a 27 de maio de 1873, era filho do também jornalista Jeremias da Rocha
Nogueira, pai da imprensa mossoroense, e de Izabel Benigna da Cunha Viana. Foi
o terceiro filho do casal que, antes dele, tiveram Cecília da Rocha Nogueira e
Agar, vindo esta a morrer ainda criança.
João foi o primeiro Escóssia de Mossoró. Sobre isso nos conta Lauro da Escóssia: "Dias após o seu nascimento, foi levado à Igreja Matriz de Santa Luzia a fim de receber as águas lustrais do batismo. Seria batizado com o nome de João Batista da Rocha Nogueira. Na época dessa cerimônia estava em evidência a luta entre a Igreja Católica e a Maçonaria, em nossa cidade seriamente fomentada através do jornal, que tinha o pai do neófito como diretor, pois era Jeremias da Rocha "homem de bons costumes". O padrinho seria Targino Nogueira de Lucena, outro maçom, pelo que os dirigentes católicos rejeitavam batizar o inocente rebento de Jeremias. A providência não se fez esperar, Jeremias conduziu a criança à Loja Maçônica 24 de junho, sendo ali batizada com o nome do patrono da Ordem Escocesa Antiga e Aceita – São João da Escóssia. Esta foi a solução lógica que deu origem à família Escóssia, hoje com centenas de descendentes radicados em vários Estados do País".
João da Escóssia foi jornalista, xilógrafo, artista plástico, desenhista, gravador, cenarista e autor de teatro. Em 1901 fundou o jornal humorístico "O Echo" que circulou até 1902, e foi considerado o marco da xilogravura potiguar. Em 12 de junho de 1902 reabre O Mossoroense, em sua segunda fase, dando continuidade ao trabalho do seu pai. O jornal ganhou com João da Escóssia uma nova cara: passou a ser ilustrado com gravuras, cujas matrizes ele próprio talhava em madeira utilizando-se apenas de um simples canivete. No número de estréia, o jornal apresenta uma alegoria em homenagem a Frei Miguelinho, em trabalho de xilogravura que ocupava toda a primeira página. Em sua empresa, denominada Atelier Escóssia, João também fazia artes publicitárias, carimbos para particulares e empresas, intermediava aulas para professores de arte, vendia cartões-postais, máscaras carnavalescas e muitos outros objetos de sua criação.
Sob a direção de João da Escóssia, O Mossoroense circula até 1917.
Maçom, admitido aos sete anos de idade como lowton, conforme consta nos registros da Loja Maçônica 24 de Junho. Chegando à idade-limite, em 19 de setembro de 1893, "recebeu a luz". Na sua loja-mãe, exerceu várias funções, tais como chanceler, vigilante, mestre de cerimônias, mestre de banquete e secretário, conforme nos informa Cid Agusto.
Foi um homem preocupado com o futuro intelectual das novas gerações, ao ponto de se inscrever, em 1901, para prestar auxílio ao Colégio Sete de Setembro, fundado a 7 de setembro de 1900 pelo professor Antônio Gomes de Arruda Barreto, que transferiu sua escola da Paraíba para Mossoró a convite do farmacêutico Jerônimo Rosado.
Um início de paralisia o colocou numa cadeira de rodas. Chegou a viajar ao Rio de Janeiro para tratar-se na clínica do Dr. Henrique Roxo; não adiantou. Também eram-lhe freqüentes inchaços e fortes dores na mão direita, justamente a que imprimia força no canivete para moldar formas na madeira.
Faleceu a 14 de dezembro de 1919. Além de patrono de uma rua no bairro de Nova Betânia, bairro nobre da cidade, o seu nome aparece com muita justiça no frontispício de um dos templos maçônicos do Oriente de Mossoró – a Loja Maçônica João da Escóssia, fundada a 15 de maio de 1967, por um grupo de 13 obreiros oriundos do quadro da sua coirmã, Loja 24 de Junho, também deste Oriente.
João foi o primeiro Escóssia de Mossoró. Sobre isso nos conta Lauro da Escóssia: "Dias após o seu nascimento, foi levado à Igreja Matriz de Santa Luzia a fim de receber as águas lustrais do batismo. Seria batizado com o nome de João Batista da Rocha Nogueira. Na época dessa cerimônia estava em evidência a luta entre a Igreja Católica e a Maçonaria, em nossa cidade seriamente fomentada através do jornal, que tinha o pai do neófito como diretor, pois era Jeremias da Rocha "homem de bons costumes". O padrinho seria Targino Nogueira de Lucena, outro maçom, pelo que os dirigentes católicos rejeitavam batizar o inocente rebento de Jeremias. A providência não se fez esperar, Jeremias conduziu a criança à Loja Maçônica 24 de junho, sendo ali batizada com o nome do patrono da Ordem Escocesa Antiga e Aceita – São João da Escóssia. Esta foi a solução lógica que deu origem à família Escóssia, hoje com centenas de descendentes radicados em vários Estados do País".
João da Escóssia foi jornalista, xilógrafo, artista plástico, desenhista, gravador, cenarista e autor de teatro. Em 1901 fundou o jornal humorístico "O Echo" que circulou até 1902, e foi considerado o marco da xilogravura potiguar. Em 12 de junho de 1902 reabre O Mossoroense, em sua segunda fase, dando continuidade ao trabalho do seu pai. O jornal ganhou com João da Escóssia uma nova cara: passou a ser ilustrado com gravuras, cujas matrizes ele próprio talhava em madeira utilizando-se apenas de um simples canivete. No número de estréia, o jornal apresenta uma alegoria em homenagem a Frei Miguelinho, em trabalho de xilogravura que ocupava toda a primeira página. Em sua empresa, denominada Atelier Escóssia, João também fazia artes publicitárias, carimbos para particulares e empresas, intermediava aulas para professores de arte, vendia cartões-postais, máscaras carnavalescas e muitos outros objetos de sua criação.
Sob a direção de João da Escóssia, O Mossoroense circula até 1917.
Maçom, admitido aos sete anos de idade como lowton, conforme consta nos registros da Loja Maçônica 24 de Junho. Chegando à idade-limite, em 19 de setembro de 1893, "recebeu a luz". Na sua loja-mãe, exerceu várias funções, tais como chanceler, vigilante, mestre de cerimônias, mestre de banquete e secretário, conforme nos informa Cid Agusto.
Foi um homem preocupado com o futuro intelectual das novas gerações, ao ponto de se inscrever, em 1901, para prestar auxílio ao Colégio Sete de Setembro, fundado a 7 de setembro de 1900 pelo professor Antônio Gomes de Arruda Barreto, que transferiu sua escola da Paraíba para Mossoró a convite do farmacêutico Jerônimo Rosado.
Um início de paralisia o colocou numa cadeira de rodas. Chegou a viajar ao Rio de Janeiro para tratar-se na clínica do Dr. Henrique Roxo; não adiantou. Também eram-lhe freqüentes inchaços e fortes dores na mão direita, justamente a que imprimia força no canivete para moldar formas na madeira.
Faleceu a 14 de dezembro de 1919. Além de patrono de uma rua no bairro de Nova Betânia, bairro nobre da cidade, o seu nome aparece com muita justiça no frontispício de um dos templos maçônicos do Oriente de Mossoró – a Loja Maçônica João da Escóssia, fundada a 15 de maio de 1967, por um grupo de 13 obreiros oriundos do quadro da sua coirmã, Loja 24 de Junho, também deste Oriente.
JEREMIAS DA ROCHA NOGUEIRA, FUNDADOR DE O MOSSOROENSE
Jeremias
da Rocha Nogueira (24/03/1844 – 29/06/1881), filho de Floriano da Rocha
Nogueira e de Anna Rodrigues Braga, a ANNA FLORIANO, um maçom que defendida os
interesses do Partido Liberal. Na história do jornalismo brasileiro, está catalogado
entre os três mais antigos do País e o quarto da América Latina em circulação.
A partir de hoje, o jornal apresenta um novo visual, com o aperfeiçoamento da
equipe e a reformulação de um projeto gráfico implantado há um ano e que
objetiva tornar uma leitura mais fácil e dinâmica, que vai proporcionar também
um maior número de informações. Um dos quatro jornais mais antigos do País,
primeiro é o Diário de Pernambuco, fundado a 7 de novembro de 1825, o segundo é
o Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, fundado a 1º de outubro de 1827; e o
terceiro é o Monitor Campista, da cidade do Goitacaz-RN, fundado a 4 de janeiro
de 1834, o quarto da América Latina e o mais antigo do Rio Grande do Norte, em
circulação. Porém, não foi o primeiro jornal potiguar, e sim, o primeiro
norte-rio-grandense foi O NATALENSE, fundado a 2 de setembro de 1832,
posteriormente vários outros jornais foram fundados, porém, todos
extintos.
Como diário, o jornal se encontra em sua 5ª fase, desde a fundação no dia 17 de outubro de 1872, pelo advogado provisionado Jeremias da Rocha Nogueira, auxiliado por José Damião e Ricardo Vieira quando então se chamava apenas Mossoroense, e se dispunha a defender a ideologia abolicionista do Partido Liberal.
O jornal nasceu como semanário, com quatro páginas, no fim do chamado primeiro período do jornalismo brasileiro, que se estendeu de 1808, com o surgimento da Gazeta do Rio de Janeiro, fundado a 10 de setembro de 1808, pertencente ao governo monárquico, e do Correio Braziliense ou Armazém Literário, de Hipólito da Costa, cujo primeiro número foi impresso a 1° de julho de 1808, em Londres e circulou até o ano de 1880.
Como diário, o jornal se encontra em sua 5ª fase, desde a fundação no dia 17 de outubro de 1872, pelo advogado provisionado Jeremias da Rocha Nogueira, auxiliado por José Damião e Ricardo Vieira quando então se chamava apenas Mossoroense, e se dispunha a defender a ideologia abolicionista do Partido Liberal.
O jornal nasceu como semanário, com quatro páginas, no fim do chamado primeiro período do jornalismo brasileiro, que se estendeu de 1808, com o surgimento da Gazeta do Rio de Janeiro, fundado a 10 de setembro de 1808, pertencente ao governo monárquico, e do Correio Braziliense ou Armazém Literário, de Hipólito da Costa, cujo primeiro número foi impresso a 1° de julho de 1808, em Londres e circulou até o ano de 1880.
A
grande parte dos editoriais publicados na primeira fase do centenário jornal
que se estendeu até 1876 tinha como alvo os conservadores. Um desses textos,
assinado por José Damião, com o pseudônimo de "Velho da Montanha",
atacava o bispo da região chamando-o de celerado e o vigário mossoroense de
fingido e subserviente.
No primeiro número, tinha em seu frontispício a marca de "Semanário, político, comercial, noticioso e literário", o manifesto aberto com versos do poeta T. Ribeiro já apresentava suas intenções.
A partir do número 28, de 26 de abril de 1873, que O Mossoroense passa a adotar em sua linha editorial a famosa inscrição: "Semanário, político, comercial, noticioso e antijesuítico", mantida até 8 de novembro do mesmo ano.
Na edição de 2 de fevereiro de 1874, O Mossoroense já é "Órgão do Partido Liberal de Mossoró - Dedicado aos interesses do município, da província e da humanidade em geral".
No primeiro número, tinha em seu frontispício a marca de "Semanário, político, comercial, noticioso e literário", o manifesto aberto com versos do poeta T. Ribeiro já apresentava suas intenções.
A partir do número 28, de 26 de abril de 1873, que O Mossoroense passa a adotar em sua linha editorial a famosa inscrição: "Semanário, político, comercial, noticioso e antijesuítico", mantida até 8 de novembro do mesmo ano.
Na edição de 2 de fevereiro de 1874, O Mossoroense já é "Órgão do Partido Liberal de Mossoró - Dedicado aos interesses do município, da província e da humanidade em geral".
O MOSSOROENSE NA ERA VIRTUAL
Em 24 de agosto de 1999, O Mossoroense deu um importante passo na sua
trajetória, com a inauguração de sua página na Internet, possibilitando a
leitura diária de suas notícias em várias partes do mundo.
Hoje, o site do jornal, que estreou seu novo formato em janeiro deste ano, registra mais de 35 mil acessos diários, contabilizados por Pageviews, sendo um dos sites mais acessados do Estado em sua categoria. O jornal é o único do Rio Grande do Norte que mantém parceria com o Universo On Line (Uol), o maior portal de notícias do país.
As versões eletrônica e impressa do jornal O Mossoroense se complementam para oferecer notícias e opiniões de qualidade, com o objetivo de atender ao mais exigente leitor.
Em sua nova versão, o portal adotou a rotatividade das manchetes principais do dia, possibilitando maior dinamicidade e informação ao leitor. Além disso, ainda na página principal, o leitor encontra o link de acesso às colunas sociais e de opinião, às charges, ao Caderno Universo, aos cadernos especiais, às últimas notícias, às mais lidas e às edições anteriores. Tudo isso na sessão variedades. O jornal on-line ainda disponibiliza enquetes semanais sobre temas da atualidade, possibilitando maior interatividade com o leitor.
Hoje, o site do jornal, que estreou seu novo formato em janeiro deste ano, registra mais de 35 mil acessos diários, contabilizados por Pageviews, sendo um dos sites mais acessados do Estado em sua categoria. O jornal é o único do Rio Grande do Norte que mantém parceria com o Universo On Line (Uol), o maior portal de notícias do país.
As versões eletrônica e impressa do jornal O Mossoroense se complementam para oferecer notícias e opiniões de qualidade, com o objetivo de atender ao mais exigente leitor.
Em sua nova versão, o portal adotou a rotatividade das manchetes principais do dia, possibilitando maior dinamicidade e informação ao leitor. Além disso, ainda na página principal, o leitor encontra o link de acesso às colunas sociais e de opinião, às charges, ao Caderno Universo, aos cadernos especiais, às últimas notícias, às mais lidas e às edições anteriores. Tudo isso na sessão variedades. O jornal on-line ainda disponibiliza enquetes semanais sobre temas da atualidade, possibilitando maior interatividade com o leitor.
FONTE - O MOSSOROENSE
JORNAL O MOSSOROENSE COMPLETA 143 ANOS DE HISTÓRIA E INFORMAÇÃO
1º NÚMERO DE O MOSSOROENSE, EM 17 DE OUTUBRO DE 1872 |
Velho na idade, jovem nas ideias. Hoje, o jornal O Mossoroense com 143
anos de história e informação, mantendo a vitalidade, energia e espírito
crítico que marcaram a sua fundação, em 17 de outubro de 1872, por Jeremias da
Rocha Nogueira. Tendo a verdade como seu principal compromisso, o terceiro
periódico mais antigo do Brasil ainda em circulação nasceu como semanário de
quatro páginas, como uma resposta ao acirramento político entre liberais e
conservadores que existia na cidade.
A eleição de 7 de setembro de 1872 foi o estopim da guerra que fez surgir, em 17 de outubro seguinte, o jornal O Mossoroense. O pleito era para a escolha de vereadores e juízes de paz. Após a votação, o padre Antônio Joaquim Rodrigues, líder dos conservadores, levou as urnas para serem apuradas no interior da igreja. Capangas armados de porrete e punhal posicionados nas portas do templo impediram a entrada de adversários.
As máquinas e o material tipográfico da primeira fase do O Mossoroense foram comprados em Recife. A linha adotada pelo jornal, que tinha também como redatores José Damião de Souza Mello, um dos chefes liberais, e Ricardo Vieira do Couto, refletia não apenas o pensamento liberal ou as características da época, era a marca do espírito combativo de Jeremias da Rocha Nogueira.
O encerramento da primeira fase se deu por problemas financeiros que obrigaram Jeremias a vender o prelo principal ao coronel Antônio Soares Macedo, para impressão de O Brado Conservador, em Assú. O restante dos equipamentos gráficos, com a morte de Jeremias, em 1881, foi enterrado por José Damião no quintal de sua casa, na antiga Rua das Flores, hoje Bezerra Mendes, e resgatado cerca de 30 anos depois.
A partir da década de 1970, o jornal começou a investir em equipamentos mais modernos, adquirindo a Marinoni, máquina que revolucionou o processo de impressão na época. Logo depois veio o computador gráfico, em seguida o sistema de fotomecânica e finalmente os computadores a laser.
Ao longo de 141 anos, O Mossoroense enfrentou muitos obstáculos. Teve que fechar suas portas em diferentes momentos, como em 1984, fato esse lamentado até mesmo pelo jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição do dia 6 de maio daquele ano. A reabertura do periódico aconteceu em 1985, quando o médico Laíre Rosado Filho, diretor-presidente desde então, recebeu as ações do primo Rosado Cantídio e fez com que, após a enchente daquele ano, O Mossoroense voltasse a circular, desta vez dirigido por Eder Andrade de Medeiros, que permaneceu na função até 1987.
"O jornal O Mossoroense representa para a cidade sua página diária. É através desse periódico que a cidade conta a sua história. Todos os grandes feitos dos últimos 141 anos estão registrados através do jornal fundado por Jeremias da Rocha Nogueira, que, apesar de tudo, continua com vigor, caracterizando-se como uma verdadeira escola de jornalismo, por onde passaram grandes nomes. Importante destacar que o acervo do jornal está disponível para pesquisa no Museu Histórico Lauro da Escóssia", declara o historiador Geraldo Maia.
O Mossoroense sempre foi e continua sendo modelo para os demais. Foi a partir do centenário , na década de 1980, que surgiu a primeira coluna voltada para o público teen, denominada "Pão com Cocada". Pelo periódico, passaram colunistas como Diran Amaral, Rafael Negreiros e Gomes Filho, entre muitos outros. Hoje, o jornal mantém em sua equipe nomes como Cid Augusto, diretor de redação; Márcio Costa, editor-chefe; Emery Costa, colaborador; Adriana Morais, editora de cotidiano; Sérgio Oliveira, editor de esportes; Bruno Barreto, editor de política; Paulo Walter, editor de polícia; e Luciano Lellys, fotógrafo que há 26 anos registra as imagens presentes nas páginas do jornal.
"O jornal, para mim, é mais do que um local de trabalho, é uma verdadeira família. Através do jornal, consegui meu reconhecimento profissional, ocupando novos espaços, com fotos publicadas em uma revista na Espanha, por exemplo", aponta Luciano Lellys.
A eleição de 7 de setembro de 1872 foi o estopim da guerra que fez surgir, em 17 de outubro seguinte, o jornal O Mossoroense. O pleito era para a escolha de vereadores e juízes de paz. Após a votação, o padre Antônio Joaquim Rodrigues, líder dos conservadores, levou as urnas para serem apuradas no interior da igreja. Capangas armados de porrete e punhal posicionados nas portas do templo impediram a entrada de adversários.
As máquinas e o material tipográfico da primeira fase do O Mossoroense foram comprados em Recife. A linha adotada pelo jornal, que tinha também como redatores José Damião de Souza Mello, um dos chefes liberais, e Ricardo Vieira do Couto, refletia não apenas o pensamento liberal ou as características da época, era a marca do espírito combativo de Jeremias da Rocha Nogueira.
O encerramento da primeira fase se deu por problemas financeiros que obrigaram Jeremias a vender o prelo principal ao coronel Antônio Soares Macedo, para impressão de O Brado Conservador, em Assú. O restante dos equipamentos gráficos, com a morte de Jeremias, em 1881, foi enterrado por José Damião no quintal de sua casa, na antiga Rua das Flores, hoje Bezerra Mendes, e resgatado cerca de 30 anos depois.
A partir da década de 1970, o jornal começou a investir em equipamentos mais modernos, adquirindo a Marinoni, máquina que revolucionou o processo de impressão na época. Logo depois veio o computador gráfico, em seguida o sistema de fotomecânica e finalmente os computadores a laser.
Ao longo de 141 anos, O Mossoroense enfrentou muitos obstáculos. Teve que fechar suas portas em diferentes momentos, como em 1984, fato esse lamentado até mesmo pelo jornal O Estado de S. Paulo, em sua edição do dia 6 de maio daquele ano. A reabertura do periódico aconteceu em 1985, quando o médico Laíre Rosado Filho, diretor-presidente desde então, recebeu as ações do primo Rosado Cantídio e fez com que, após a enchente daquele ano, O Mossoroense voltasse a circular, desta vez dirigido por Eder Andrade de Medeiros, que permaneceu na função até 1987.
"O jornal O Mossoroense representa para a cidade sua página diária. É através desse periódico que a cidade conta a sua história. Todos os grandes feitos dos últimos 141 anos estão registrados através do jornal fundado por Jeremias da Rocha Nogueira, que, apesar de tudo, continua com vigor, caracterizando-se como uma verdadeira escola de jornalismo, por onde passaram grandes nomes. Importante destacar que o acervo do jornal está disponível para pesquisa no Museu Histórico Lauro da Escóssia", declara o historiador Geraldo Maia.
O Mossoroense sempre foi e continua sendo modelo para os demais. Foi a partir do centenário , na década de 1980, que surgiu a primeira coluna voltada para o público teen, denominada "Pão com Cocada". Pelo periódico, passaram colunistas como Diran Amaral, Rafael Negreiros e Gomes Filho, entre muitos outros. Hoje, o jornal mantém em sua equipe nomes como Cid Augusto, diretor de redação; Márcio Costa, editor-chefe; Emery Costa, colaborador; Adriana Morais, editora de cotidiano; Sérgio Oliveira, editor de esportes; Bruno Barreto, editor de política; Paulo Walter, editor de polícia; e Luciano Lellys, fotógrafo que há 26 anos registra as imagens presentes nas páginas do jornal.
"O jornal, para mim, é mais do que um local de trabalho, é uma verdadeira família. Através do jornal, consegui meu reconhecimento profissional, ocupando novos espaços, com fotos publicadas em uma revista na Espanha, por exemplo", aponta Luciano Lellys.
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Quem sou eu
- JOTA MARIA
- É PRECISO SABER USAR DA LIBERDADE. COM ELA CENSURAMOS OU APLAUDIMOS O QUE DEVE SER CENSURADO E O QUE DEVE SER APLAUDIDO. MAS NÃO PODEMOS ABUSAR DESSE PRIVILÉGIO PARA ASSUMIR ATITUDE QUE NÃO CONDIZEM COM A CIVILIDADE OU COM A DECÊNCIA. VERIFICAMOS QUE A IMENSA MAIORIA DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO PERTENCEM A GRUPOS POLÍTICOS, DAÍ AS "INFORMAÇÕES" NA MAIORIA, NÃO POLÍTICAS E SIM, POLITIQUEIRAS, OU SEJA, UM GRUPO QUERENDO DERROTAR O OUTRO. É UMA VERGONHA! QUEM ESTÁ NA SITUAÇÃO, O POLÍTICO PODE SER O PIOR DO MUNDO, MAS PARA EMPREGADO ELE É O DEUS DA TERRA; NO LADO DA OPOSIÇÃO, O RADIALISTA OU JORNALISTA PASSA PARA A POPULAÇÃO QUE O GOVERNO NÃO FAZ NADA, PORÉM, NO INSTANTE QUE O PODER EXECUTIVO PASSA A INVESTIR NO TAL MEIO DE COMUNICAÇÃO, ATRAVÉS DE PROPOGANDA OU DAR UM CARGO COMISSIONADO AO DONO, AÍ, LOGO JORNAL, A EMISSORA E A TELEVISÃO MUDA O DISCURSO. DAÍ, COMO FICA O COMUNICADOR QUE ANTES FALAVA MAL DE TAL POLÍTICO, TER QUE PASSAR A ELOGIÁ-LO!!!